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quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Revista Psicopedagogia

Pensando em contribuir com os pesquisadores de Psicopedagogia divulgamos o 

  Acesse o link - Vale a pena conferir
Edição nº 89 - veja também a news ABPp
EDITORIAL


As valiosas contribuições recebidas de diversos e reconhecidos pesquisadores fazem deste número da revista Psicopedagogia uma edição bastante especial, que é aberta com o artigo “Correlação entre habilidades cognitivo-linguísticas em escolares com dificuldades de aprendizagem”, de Cláudia da Silva e Simone Aparecida Capellini. Elaborado a partir de recente investigação das autoras, o artigo discorre sobre a verificação da interferência entre as citadas variáveis pesquisadas e o desempenho escolar em sala de aula, de alunos do 5º ano do ensino fundamental.

Em seguida, temos outro importante artigo, “A consciência fonológica, a consciência lexical e o padrão de leitura de alunos com dislexia de desenvolvimento”, de Ana Maria Gomes Campos, Luciana Ribeiro Pinheiro e Sandra Regina Kirchner Guimarães. Por meio da pesquisa realizada, as autoras concluíram que, para desenvolver a decodificação na leitura, os alunos devem ser instruídos não apenas no processo de conversão grafema-fonema, mas também a utilizar o contexto como auxílio no processo de reconhecimento das palavras.

Já um outro trabalho científico de investigação sobre o processo da leitura, realizado com alunos do ensino médio, de autoria de Andréa Carla Machado e Maria Amélia Almeida, “Desempenho em tarefas de leitura por meio do modelo (RTI): resposta à intervenção em escolares do ensino público”, evidencia a importância do ensino de leitura por meio de instruções específicas e vinculadas ao entendimento do princípio alfabético, ou seja, os escolares com dificuldades em leitura precisam conhecer o mecanismo do sistema da língua portuguesa, que podemos considerar como tarefas de identificação letra-som à compreensão de texto.

“A eficácia das oficinas de estimulação em um modelo de resposta à intervenção”, de Lia Pinheiro, Jane Correa e Renata Mousinho, é o quarto artigo original desta edição, que vem demonstrar o diferencial que constitui a estimulação do processamento fonológico para prevenir dificuldades na aprendizagem da leitura e da escrita. “A importância do estímulo precoce em casos com risco para dislexia: um enfoque psicopedagógico”, de Déborah Alcântara Prósperi Caridá e Mônica Hoehne Mendes, é um interessante artigo de revisão a respeito da dislexia, onde explanações e implicações neurológicas sobre esse distúrbio são amplamente discutidas sob o prisma da Psicopedagogia.

“Avaliação neuropsicológica de sujeitos com lesão cerebral: uma revisão bibliográfica” é o artigo que Maria de Lourdes Merighi Tabaquim, Marlene Peres de Lima e Sylvia Maria Ciasca nos enviaram, e que constitui uma revisão bibliográfica a respeito de avaliações neuropsicológicas de crianças e adolescentes com lesão cerebral, diagnosticados com paralisia cerebral e traumatismo cranioencefálico. Os resultados desse estudo demonstraram que o número de publicações no período investigado, relacionadas à avaliação neuropsicológica com a população de lesionados cerebrais, mostrou-se incipiente, mesmo considerando a sua relevância sobre as condições evolutivas e nas proposições interventivas educativas.

Psicopedagogia



É a área de estudo dos processos e das dificuldades de aprendizagem de crianças, adolescentes e adultos. O psicopedagogo identifica as dificuldades e os transtornos que impedem o estudante de assimilar o conteúdo ensinado na escola. Para isso, faz uso de conhecimentos da pedagogia, da psicanálise, da psicologia e da antropologia. Analisa o comportamento do aluno, observando como ele aprende. Promove intervenções em caso de fracasso ou de evasão escolar. Além de trabalhar em escolas, pode atuar em hospitais, auxiliando os pacientes a manter contato com os conteúdos escolares. Pode trabalhar também em centros comunitários ou em consultório, público ou particular, orientando estudantes e seus familiares no processo de aprendizagem.

Mercado de Trabalho


As atribuições dos bacharéis formados em Psicopedagogia cresceram nos últimos anos, e seu espaço no mercado e expandiu consideravelmente. Hoje, áreas como treinamento, educação continuada e acompanhamento de pessoas com deficiência elevaram a demanda pelo psicopedagogo nos ambientes empresariais. "Há possibilidades também de realizar intervenções personalizadas nos setores em que os funcionários têm dificuldades, como organização pessoal, e atuar nos projetos de responsabilidade social da companhia", diz a professora Gilca Lucena Kortmann, coordenadora do curso da Unilasalle, no Rio Grande do Sul. Governos estaduais e municipais também contratam o psicopedagogo para trabalhar em escolas e órgãos públicos. As vagas para esse profissional estão espalhadas por todo o país -com destaque para as capitais, cidades maiores e a Região Nordeste, embora o Sul e o Sudeste ainda sejam os maiores empregadores. No estado de São Paulo, já é lei que um psicopedagogo preste atendimento a alunos do Ensino Fundamental e Médio. Os governos estaduais do Paraná e do Rio Grande do Sul também se movimentam para aprovar uma lei nesse sentido. Mas ainda há dificuldade no enquadramento do profissional, o que deve melhorar depois da regulamentação da profissão. Nas instituições de ensino superior, a atuação do psicopedagogo está atrelada à orientação e ao aconselhamento aos professores e, nas ONGs, cabe a ele fazer o desenvolvimento de projetos educativos. Cresce o interesse de asilos e instituições de longa permanência por esse profissional. 

Salário inicial: R$ 2.200,00 (30 horas semanais); a partir de R$ 90,00 por sessão; fonte: Associação Brasileira de Psicopedagogia.

Curso


O currículo dos cursos de Psicopedagogia possui ênfase em duas áreas: Psicopedagogia Clínica (em que o profissional atua em consultório sozinho ou em clínicas com equipes multidisciplinares) e Psicopedagogia Institucional (em que o psicopedagogo trabalha em junto com outros profissionais em escolas, ONGs, hospitais e centros comunitários). É um curso marcadamente interdisciplinar, composto de disciplinas teóricas, como psicologia do desenvolvimento humano e da aprendizagem, e práticas, como diagnóstico e intervenção psicopedagógica clínica e institucional. O objetivo da graduação é formar um profissional com olhar dirigido à aprendizagem humana em diferentes contextos. O estágio, nos anos finais da graduação, é obrigatório. 

Duração média: quatro anos. 

Outro nome: Psicopedagogia Clín. e Institucional
O que você pode fazer

Área clínica

Prestar atendimento psicopedagógico individual em clínicas e consultórios, identificando sintomas, conflitos e transtornos que levem à dificuldade de aprendizado.

Educação continuada

Auxiliar indivíduos que, por problemas de saúde, ficam internados em instituições hospitalares e afastados das redes de ensino, mantendo-os informados sobre o conteúdo das aulas e dando-lhes apoio para que permaneçam em contato com a escola e com os professores.

Orientação pedagógica

Dar assistência a professores, ajudando-os a montar uma adaptação curricular individualizada para crianças, adolescentes e adultos. Resolver questões ligadas a currículo, métodos de ensino e abordagens pessoais. Criar um plano de trabalho que facilite o aprendizado dos alunos.

Recursos humanos

Assessorar empresas, órgãos públicos e ONGs nos processos de aprendizagem de seus funcionários e na harmonia no ambiente de trabalho.

Medo! Por quê?

Ler devia ser proibido

Diferentes Formas de olhar: Inclusão ou Exclusão